Como a IA está revolucionando a análise de documentos regulatórios.
A análise de documentos normativos e/ou jurídicos é uma das tarefas mais exigentes cognitivamente dentro do universo de áreas jurídicas, regulatórias e relações governamentais e institucionais. Isso se deve a dois grandes fatores: o primeiro é que as informações mais relevantes nem sempre estão claras ou explícitas, mas sim codificadas nos detalhes, nas entrelinhas, emergindo da interação lógica entre o texto e o contexto. O segundo fator é o volume e a complexidade desses documentos, que frequentemente ultrapassam a capacidade de interpretação de uma única pessoa, seja pela amplitude técnica ou pela especificidade do conteúdo regulatório.
Neste cenário desafiador, a Inteligência Artificial (IA) tem se mostrado uma aliada poderosa para tornar o processo de análise mais ágil, eficaz e menos suscetível a erros. Trago, portanto, alguns insights de como aplicar essa nova tecnologia dentro do seu dia-dia de forma segura.
#DICA 1:
IA como facilitadora e rede de segurança da análise: foco na informação certa
A primeira grande contribuição da IA é sua capacidade de identificar e destacar rapidamente os elementos mais importantes dentro de um texto normativo. Em vez de investir tempo precioso garimpando documentos extensos, o analista pode concentrar seus esforços no que realmente importa: interpretar e tomar decisões com base nas informações já localizadas. Isso não apenas reduz o esforço manual, como aumenta a qualidade das análises e mitiga o risco de falhas que podem custar caro. Podemos comparar esse uso da IA a um sistema de sensor anti-colisão em um carro, ele alerta sobre riscos que poderiam passar despercebidos, ampliando a segurança e eficiência do condutor.
#DICA 2:
Inteligência distribuída: IA como catalisadora da colaboração
O segundo benefício da IA vai além da automação de tarefas repetitivas. Ao identificar padrões, elementos-chave e objetos de interesse em grandes volumes de texto, a IA pode distribuir essas informações de maneira inteligente entre diferentes especialistas da equipe. Isso permite uma análise colaborativa, enriquecida por múltiplas perspectivas, algo que dificilmente seria possível em um modelo puramente manual ou baseado apenas em palavras-chave.
Esse tipo de inteligência distribuída é fundamental para lidar com a crescente complexidade dos temas regulatórios e criar uma base sólida para a tomada de decisão estratégica.
#DICA 3:
A IA é poderosa, mas cuidado com as alucinações - SEMPRE REVISE
É importante lembrar que, embora a IA tenha avançado significativamente, ela não pensa como um ser humano. Modelos de linguagem como os que utilizamos hoje operam com base em padrões estatísticos extraídos de grandes volumes de dados. Isso significa que, em ambientes sem controle, esses modelos podem gerar respostas com erros ou “alucinações”, sugerindo informações incorretas com alta confiança aparente. Em momento de stress ou pressão, é muito fácil aceitarmos as sugestões pois a escrita da IA é fluente e convincente, mas pode estar profundamente errada.
#DICA 4:
A IA não tem capacidade de montar estratégias ou fazer previsões
A internet, que é a fonte de dados utilizada para treinamento destes modelos de IA baseado em LLMs, possui muita informação, mas o mundo real ainda é muito mais complexo e com muito mais nuances do que todas as informações contidas na internet. Sendo assim, a IA é incapaz de simular ou extrapolar, qual será o resultado de um conjunto de ações aplicadas à determinadas objetos. Essa simulação é uma etapa crítica para qualquer estratégia de sucesso. Portanto, confiar que IA irá montar uma estratégia para você é um erro.
Conclusão: A IA é uma ótima bibliotecária mas uma péssima conselheira
Ao aplicar IA com método, critérios claros e supervisão humana, é possível transformar o processo de análise regulatória, não apenas tornando-o mais rápido, mas também mais inteligente. A IA não substitui o julgamento humano, mas amplia sua capacidade de compreensão por localizar informações para alimentar uma determinada tomada de decisão. Portanto, ela é uma ótima bibliotecária mas uma péssima conselheira.
Na Sigalei, acreditamos que a análise de documentos regulatórios pode ser muito mais estratégica com o apoio da tecnologia certa. Se você quer saber como aplicar inteligência artificial de forma eficaz no seu processo de Relgov, Jurídico e Regulatório, entre em contato com a gente. Vai ser um prazer compartilhar nossa experiência com você.