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Como detectar movimentos relevantes no debate de construção das políticas públicas?

Conheça as informações que você deve filtrar para municiar o trabalho de estratégia em Relações Institucionais e Governamentais (RIG ou RelGov)

Publicado em:
19/9/2022
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processo de monitoramento é dos desafios do trabalho de Relações Institucionais e Governamentais (RIG ou RelGov). 

Mesmo com as facilidades da internet, não é simples acompanhar simultaneamente a evolução de temas estratégicos. Isto porque os resultados das buscas podem gerar o que um volume imenso de resultados sem hierarquia – o que chamamos de “ruído elevado”. 

E o ruído se intensifica ainda mais em um cenário de mudanças constantes nos Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) e de publicação insana de notícias na mídia e de manifestações de atores relevantes da opinião pública nas redes sociais.

Com tanta informação “bagunçada”, fica bem mais complexo organizar, em uma matriz de prioridade, os riscos e as oportunidades. 

Isso nos leva a uma pergunta-chave: 

Como vencer o desafio do monitoramento montando um processo confiável e resiliente, capaz de identificar esses sinais críticos que denotam riscos e oportunidades para alimentar o processo de RIG?

Tem sido exatamente esse o propósito que vem guiando a Sigalei.

Ao longo dos últimos anos, desenvolvemos e aprimoramos uma tecnologia amparada em uma metodologia afinada com os processos de RIG.

E é um justamente resumo desse conteúdo que trazemos neste novo artigo com algumas dicas práticas:


1. A importância dos filtros 

Antes de tudo, uma boa notícia: não é necessário coletar 100% das informações, não!

A prioridade é identificar os principais movimentos que ocorrem dentro de cada tema de interesse da organização – um projeto de lei que altera o marco regulatório, por exemplo. 

Ou seja, o fundamental é capturar os movimentos realmente importantes para municiar uma boa tomada de decisão.

Logo, a solução passa  pela criação de filtros que devem ser aplicados sobre a imensa massa de dados. 

O pulo do gato é que os filtros deem visibilidade da movimentação dos stakeholders importantes para sua causa – desde ministros até funcionários de segundo e terceiro escalão, de senadores a deputados e vereadores, de juízes aos procuradores, de diretores de agências reguladoras às empresas concorrentes, de representantes de entidades apoiadoras aos detratores, entre outros tantos. 

O ideal é que esses movimentos apareçam em imagem de máxima resolução, correto?

Mas…que filtros são esses?

Depende!

Para configurar os filtros, vale ter em mente que não existem filtros absolutos válidos para qualquer negócio. 

Tudo depende, claro, dos objetivos de quem vai receber essa informação – ou seja, dos estrategistas, atuadores e diretores da organização.



2. Um bom caminho: monitorar conforme fluxo de políticas públicas

Contribuir com a construção de políticas é a principal entrega do RIG para sua organização, como bem define o Professor de MBA Relações Institucionais e Políticas Públicas do Ibmec, Eduardo Galvão.

Logo, essa diretriz deve orientar a criação de filtros.

Estes devem ser capazes de revelar os movimentos das políticas públicas que sejam críticos aos temas de interesse da organização. 

Dependendo do modelo, uma política pública normalmente é composta por 4 ou 5 fases principais.

De acordo com o modelo descrito neste documento publicado pelo Banco Mundial, “The Practice of Policy-Making in the OECD: Ideas for Latin America”, são basicamente quatro fases:

. Identificação de Políticas Públicas;
. Decisões de Políticas Públicas;
. Implementação de Programas;
. Avaliação dos Programas implementados.

Portanto, é de suma importância que os filtros revelem os movimentos críticos relacionados a cada uma dessas fases de elaboração de políticas públicas. 


3. Sete perguntas para captar movimentos críticos em políticas públicas 

Tudo fica bem menos complexo quando se começa pelo seguinte conjunto de perguntas:

a) Quais são os movimentos na sociedade, na classe política e no corpo técnico que revelam que os stakeholders estão se preocupando com problemas ou anseios sociais que ainda não possuem políticas públicas para resolvê-los?

b) E quais movimentos, entre a classe política e/ou do corpo técnico, apontam um processo de internalização destes problemas e/ou anseios para dentro do processo de construção de políticas públicas?

c) Entre esses mesmos stakeholders, quais movimentos indicam que soluções foram priorizadas e que está ocorrendo um processo de deliberação e decisão?

d) No corpo técnico do governo, quais ações revelam a implantação e execução dos programas derivados das políticas públicas delineadas?

e) Por fim, quais os movimentos dos atores governamentais que permitem revelar questionamentos e medições dos resultados alcançados com as políticas públicas implementadas?

Para responder tais questões é necessário cruzar com duas outras categorias de informação:

f) Quais são os principais tipos de movimentos que denotam a evolução dos temas em cada uma das fases do processo de construção de políticas públicas?

g) Qual é a estrutura de negócios da organização?


A base da metodologia está em responder às perguntas (f) e (g) sob o contexto das questões iniciais.

4. Como aplicar a metodologia de forma prática em 6 passos?

Conhecimento bom é conhecimento aplicado.

Para estabelecer os filtros, portanto, precisamos seguir seis passos divididos em três etapas.

Aqui está um resumo:


*

De um modo bem resumido, essa metodologia ajuda bastante em uma boa análise de riscos e oportunidades. E isso é ouro em pó para uma estratégia mais assertiva em Relações Institucionais e Governamentais (RIG ou RelGov).

Aqui na Sigalei temos soluções de monitoramento e análise.

Estamos certos de que podemos te ajudar a impulsionar a performance de RIG da sua organização. 

É só me mandar uma mensagem. Será um prazer conversar com você! 

Te aguardo!

Tags
RIG
RelGov
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